quarta-feira, 27 de abril de 2011

PROSPERANDO A MANEIRA DE DEUS



A vigência do Propósito Original

O propósito principal do reino é o governo, mas não o governo simplesmente, mas sim o governo de Deus, o governo do Rei. Isto faz com que tudo seja visto do ponto de vista da obediência.

Agora, o governo de Deus não é o único, mas sim o principal propósito. Entre os propósitos que persegue o reino está, sem duvida, o propósito que originalmente Deus criou o Homem.

Em Gen. 1 podemos observar que no mesmo momento que Deus cria o Homem ele o faz com que a sua própria imagem se reflita na criação, isto é: a criatura levando a imagem do criador. Sobre isto foi dito muita coisa, sem duvida continuará sendo dita muita coisa a medida com que Deus siga revelando mais a respeito deste mistério.

Gen. 1: 26 – 31

Neste texto talvez a o significado mais importante seja a forma que termina o versículo 27, este representa a declaração de propósito de toda esta passagem, com o resultado de seu ato criador: varão e varoa os criou.

Não posso analisar toda esta declaração de propósito de outro ponto de vista que não seja este: Deus criou o homem completo no varão e a mulher. Embora em Deus não exista sexo ou gênero, sua imagem se reflete assim no homem. O homem está completo e o complemento perfeito é a varoa. Falar disto implica em frutificar, multiplicar e uma inigualável satisfação ao ver quão bom são os resultados: “E viu Deus tudo que havia feito e era bom”

Não há competição entre o homem e a mulher mas sim complemento. Não é bom que nenhum deles esteja só. O homem não pode sem a mulher e a mulher não pode sem o homem. Ambos estão completos quando estão juntos. Muito menos pode-se falar de igualdade entre eles porque são diferentes porém complementares.

O matrimonio e não o estado solteiro, a família e as gerações estão presentes no desenho original de Deus e tudo isto é fundamental no estabelecimento e funcionamento do reino, entretanto estas funções são sobre a terra. Quando da ressurreição os homens não se darão mais em casamento e não haverá mais nascimentos (Mt. 22:30; Mc. 12:25), porém este é o tempo de povoar a terra e o reino, o tempo da frutificação e da multiplicação.

A FRUTIFICAÇÃO é a capacidade de poder reproduzir-se, o fruto tem a capacidade de produzir um ser o mesmo gênero e espécie.

A MULTIPLICAÇÃO é o resultado de reproduzir-se em outros seres que também se reproduzem. A reprodução não é um ato, mas sim um processo onde todos se envolvem na reprodução.

Frutificação é reprodução, é dar a luz um ser da mesma natureza de seus pais. Frutificação é um evento, um não está nascendo durante toda a vida, nem durante um período de tempo, simplesmente nasce em um momento. Porém multiplicação é um processo. Onde a frutificação se sucede de pais a filhos, de filhos a netos, de netos a bisnetos, onde uma geração dá a luz a uma outra geração, e isto de forma ininterrupta da lugar a multiplicação. Se apenas Adão e Eva houvessem frutificado, a humanidade haveria sido apenas sua família, porém não apenas eles tiveram filhos, mas sim seus filhos lhes deram netos e assim sucessivamente, produzindo a multiplicação que povoou a terra.

O encher a terra é apenas uma parte de um propósito tríplice, onde as estratégias para levar a cabo são a frutificação e a multiplicação:

Sede fecundo e multiplique-se:

• Encha a terra
• E sub julga-a
• Exerça domínio sobre os peixes ...

Logo após o encher a terra veio sub-julgá-la. Esta expressão leva implícita certa cota de violência a ponto da violação. Nada é violentado ou viola se não há uma resistência de outra parte para entregar algo valioso. Disto se trata sub-julgar a terra, o ferir a terra ou violenta-la para extrair dela o seu tesouro ou benção. O ponto é que o homem tem violentado a terra com este fim, porém o tem feito de uma maneira que a tem ferido e a deteriorou-a a tal ponto que a colocou em perigo, extinguindo vidas definitivamente e deixando-a estéril. Isto podemos ver com muita clareza. A palavra de Deus expressa que “a criação geme a uma voz esperando a manifestação dos filhos de Deus” A criação se queixa e espera uma intervenção a seu favor; porém não espera uma intervenção sobrenatural de Deus, mas sim espera dos filhos de Deus, os cidadãos do reino, que venham a se manifestar e trabalhar a seu favor de acordo com o desenho original de Deus. Qual é este desenho? É simples ao criar todas as coisas vivas lhes deus uma forma natural de reproduzir-se onde a intervenção da terra é inevitável; a semente (literal para as plantas e figurativo para os animais)

Gen; 1: 29,30

Qual era a diferença entre as plantas que deu ao homem e a que deu aos animais? A aparente diferença não estava nas plantas, a diferença estava no homem. Um homem que diferente dos outros seres podia ver e diferenciar entre as plantas seus frutos e sementes. Os animais se alimentam da provisão que a natureza lhes dá, porém os homens podem semear para então colher. Eles podem prever a provisão que há de dar-lhes a terra e os levará a prosperidade. Os celeiros foram e serão amostras de prosperidade que apenas os homens podem aspirar, eles implicam na medida da prosperidade que as possessões materiais podem dar.

Semear implica em violência, ferir a terra para penetra-la com a semente. Esta semente romperá a terra para extrair dela e de uma forma natural concentra os melhores tesouros no fruto.

O semear e colher são o principio fundamental da provisão e prosperidade no reino em todas as ordens. A natureza corresponde única e exclusivamente sob este processo.

A semeadura e a colheita requerem: visão, ordem, previsão, trabalho, organização e planificação. Estes são princípios de economia, porém sobre tudo são princípios financeiros e requerem que as pessoas que hão de aplicá-los se preparem financeiramente para faze-lo.

Os princípios econômicos se referem a administração clara e eficiente dos recursos, a economia é uma ferramenta. Os princípios financeiros se valem desta ferramenta, porém apontam para uma visão, um projeto e um propósito e tem em conta dois fatores vitais: o tempo e os benefícios.

Quando Deus dá propósitos ao homem está pensando financeiramente e não só economicamente.

Primeiro a abundancia para alcançar até o último rincão, logo o sub-julgamento para extrair o melhor da terra e finalmente o senhorio. Senhorio é governo que não pode ser obtido se não pelo desenho divino. Governo não pode obter-se se não através da obediência ao plano de Deus.

Interessante que quando falamos de governo falamos de governar “sobre todo ser vivente que se move sobre a terra”.Quando a palavra diz “todo” entenda-se “todo” ser vivente fora o homem, A característica de quem tem a possibilidade de mover-se sobre a terra é que este tem a conquista e o exercício do domínio territorial. Por ele será a conquista que não será senão a recuperação do território perdido, é um dos propósito s vigentes no estabelecimento do reino.

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