terça-feira, 25 de janeiro de 2011

MOSTRA-ME TUA GLÓRIA


Êxodo 33.12.19

Moisés disse ao SENHOR: Eis que tu me dizes: Faze subir a este povo, porém não me fazes saber a quem hás de enviar comigo; e tu disseste: Conheço-te por teu nome, também achaste graça aos meus olhos.
Agora, pois, se tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que me faças saber o teu caminho, e conhecer-te-ei, para que ache graça aos teus olhos; e considera que esta nação é o teu povo.
Disse pois: Irá a minha presença contigo para te fazer descansar.
Então lhe disse: Se tu mesmo não fores conosco, não nos faças subir daqui.
Como, pois, se saberá agora que tenho achado graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Acaso não é por andares tu conosco, de modo a sermos separados, eu e o teu povo, de todos os povos que há sobre a face da terra?
Então disse o SENHOR a Moisés: Farei também isto, que tens dito; porquanto achaste graça aos meus olhos, e te conheço por nome.
Então ele disse: Rogo-te que me mostres a tua glória.
Porém ele disse: Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti, e proclamarei o nome do SENHOR diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer.
A espera de um avivamento geral não é desculpa para não desfrutar o avivamento pessoal.
(Stephen Olford)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Por Que Tarda O Avivamento?


Por Que Tarda O Avivamento?
Harnack definiu o cristianismo como “algo muito simples e muito sublime: viver no tempo e na eternidade sob o olhar de Deus, e com a ajuda dele”.
Ah, se os crentes pudessem estar cônscios da eternidade! Ah, se pudéssemos viver cada momento sob o olhar de Deus, se pudéssemos viver tendo sempre em mente o juízo final, e vender tudo que vendemos tendo em mente o juízo final, e fazer todas as nossas orações, dar o dízimo de tudo que possuímos, tendo em mente o juízo final; e se nós pregadores preparássemos nossas mensagens com um olho voltado para a humanidade perdida e outro para o trono do juízo final, então experimentaríamos um avivamento operado pelo Espírito Santo que abalaria esta terra, e que em pouco tempo salvaria milhões e milhões de vidas preciosas.
A baixa moralidade prevalente hoje em dia, bem como as tentativas das diversas seitas e cultos de dominar o mundo, deveriam deixar-nos alarmados. Alguém já disse, e com muita razão, que existem apenas três tipos de pessoas no mundo hoje: os que têm medo, os que não conhecem a realidade o suficiente para chegar a ter medo, e os que conhecem a Bíblia. Sodoma — onde não havia Bíblia, nem pastores, nem folhetos, nem reuniões de oração, nem igrejas — pereceu. Como será que os Estados Unidos e a Inglaterra vão escapar da ira de Deus? Aqui temos milhões de bíblias, centenas de milhares de igrejas, um sem número de pregadores — e quanto pecado!
Os homens constroem nossos templos, mas não entram neles; imprimem bíblias, mas não as lêem; falam de Deus, mas não crêem nele; conversam a respeito de Cristo, mas não confiam nele para sua salvação; cantam nossos hinos, mas depois os esquecem. Onde é que vamos parar com tudo isso?
Em quase todos os seminários de estudos bíblicos hoje a igreja atual é descrita nos termos da carta aos efésios. Afirma-se que, apesar de toda a nossa carnalidade e pecado, estamos sentados com Cristo nos lugares celestiais. Que mentira! Somos efésios, sim, mas da Igreja de Éfeso do Apocalipse, aquela que abandonou o seu "primeiro amor". Fazemos concessões ao pecado em vez de fazermos oposição a ele. E nossa sociedade licenciosa, libertina, leviana nunca se curvará diante dessa igreja fria, carnal, crítica. Paremos de ficar procurando desculpas para nosso fracasso. A culpa pelo declínio da moralidade não é do cinema e da televisão. A culpa pela atual corrupção e depravação internacional é toda da igreja. Ela não é mais um espinho nas ilhargas do mundo. E não foi nos momentos de popularidade que a verdadeira igreja triunfou, mas, sim, nas horas de adversidade. Como podemos ser tão ingênuos a ponto de pensar que a igreja está apresentando aos homens o padrão estabelecido por Jesus no Novo Testamento, com esse baixo padrão de espiritualidade que ela ostenta.
Por que tarda o avivamento? A resposta é muito simples. Tarda porque os pregadores e evangelistas estão mais preocupados com dinheiro, fama e aceitação pessoal, do que em levar os perdidos ao arrependimento.
Tarda porque nossos cultos evangelísticos parecem mais shows teatrais do que pregação do evangelho.
O avivamento tarda porque os evangelistas de hoje têm receio de falar contra as falsas religiões.
Elias zombou dos profetas de Baal, e debochou da sua incapacidade de fazer chover. Seria melhor que saíssemos à noite (como fez Gideão), e derrubássemos os postes-ídolos dos falsos deuses, do que deixar de realizar a vontade de Deus. As seitas anticristãs e as religiões ímpias desta nossa hora final constituem um insulto contra Deus. Será que ninguém fará soar o alarme?
Por que não protestamos? Se tivéssemos metade da importância que julgamos ter e um décimo do poder que pensamos possuir, estaríamos recebendo um batismo de sangue, tanto quanto recebemos de água e fogo.
As portas das igrejas da Inglaterra se fecharam para João Wesley. E um de seus críticos disse que “ele e seus tolos pregadores leigos — esses grupos de funileiros, garis, carroceiros e limpadores de chaminés — estão saindo por aí a envenenar a mente das pessoas”. Que linguagem abusiva! Mas Wesley não tinha medo nem de homens nem de demônios. E se Whitefield era ridicularizado nas peças de teatro da Inglaterra da maneira mais vergonhosa possível, e se os cristãos do Novo Testamento foram apedrejados e sofreram todo tipo de ignomínia, por que será que nós, hoje em dia, não provocamos mais a ira do inferno, já que o pecado e os pecadores continuam sempre os mesmos? Por que será que somos tão gelados e enfadonhos? É bem verdade que pode haver muito tumulto sem avivamento. Mas, à luz do ensino bíblico e da história da igreja, não podemos ter avivamento sem tumulto.
O avivamento tarda porque não temos mais intensidade e fervor na oração. Há algum tempo, um famoso pregador, ao iniciar uma série de conferências, fez a seguinte declaração: “Vim para esta série de conferências com grande desejo de orar. Agora peço àqueles que gostariam de carregar junto comigo esse peso que ergam uma das mãos, e que ninguém seja hipócrita”.
Um bom número de pessoas levantou a mão. Mas, lá pelo meio da semana, quando alguns resolveram promover uma vigília, o grande pregador foi dormir. Que hipocrisia! Já não existe mais integridade. Tudo é superficial. O fator que mais retarda a vinda de um avivamento do Espírito Santo é essa ausência de angústia de alma. Em vez de buscarmos a propagação do reino de Deus, estamos fazendo mais propaganda. Que loucura! Quando Tiago (5.17) diz que Elias “orou”, estava acrescentando um valioso adendo à biografia dele registrada no Velho Testamento. Sem essa observação, ao lermos ali: “Elias profetizou”, concluiríamos que a oração não fez parte da vida dele.
Em nossas orações ainda não resistimos até o sangue; não mesmo. Como diz Lutero, “nem ao menos fizemos suar nossa alma”. Oramos com uma atitude tipo “o que vier está bom”. Deixamos tudo ao acaso. Nossas orações não nos custam nada. Nem mesmo demonstramos forte desejo de orar. Fica tudo na dependência de nossa disposição, e por isso oramos de forma intermitente e espasmódica.
A única força diante da qual Deus se rende é a oração. Escrevemos muito sobre o poder da oração, mas ao orar não temos aquele espírito de luta. Nós fazemos tudo: exibimos nossos dons espirituais ou naturais; expomos nossas opiniões, políticas ou religiosas; pregamos sermões ou escrevemos livros para corrigir desvios doutrinários. Mas quem quer orar e atacar as fortalezas do inferno? Quem irá resistir ao diabo? Quem quer privar-se de alimento, descanso e lazer, para que os infernos o vejam lutando, envergonhando os demônios, libertando os cativos, esvaziando o inferno, e sofrendo as dores de parto para deixar atrás de si uma fileira de pessoas lavadas pelo sangue de Cristo?
Em último lugar, o avivamento tarda porque roubamos a glória que pertence a Deus. Reflitamos um pouco sobre essas palavras de Jesus: “Eu não aceito glória que vem dos homens”. “Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros, e contudo não procurais a glória que vem do Deus único?” (Jo 5.41,44.) Chega de toda essa autopromoção nos púlpitos. Chega de tanto exaltar “meu programa de rádio”, “minha igreja”, “meus livros”. Ah, que repulsiva demonstração carnal vemos nos púlpitos: “Hoje, temos o grande privilégio...” E os pregadores aceitam isso; não, eles já o esperam. (E se esquecem de que só estão ali pela graça de Deus.) E a vaidade é que, quando ouvimos tais homens pregar, notamos que nunca ficaríamos sabendo que eram tão importantes, se não tivessem sido apresentados como tal.
Coitado de Deus! Ele não está recebendo muita glória! Então, por que ele ainda não cumpriu sua terrível mas bendita ameaça de que iria vomitar-nos de sua boca? Nós fracassamos; estamos impuros. Apreciamos os louvores dos homens. Buscamos nossos próprios interesses. Ó Deus, liberta-nos dessa existência egoística, egocêntrica! Dá-nos a bênção do quebrantamento! O juízo deve começar por nós, pelos pregadores!

Por que tarda o pleno
Avivamento?
Leonard Ravenhill

domingo, 23 de janeiro de 2011

CONFERENCIA E ABERTURA DA ESCOLA

ESCOLA DE PROFETAS



Escola De Profetas visão
fundamental é ajudar as igrejas locais no processo de restauração dos serviços de Apóstolo e Profeta, e ativar todos os dons espirituais dados por Deus aos seus santos para a obra do ministério (Atos 3:20 - 21 e Efésios 4:11-12). Proporcionar educação e formação, a escola quer ver os santos equipados para ouvir a voz de Deus, e capazes de ministrar os dons de uma forma edificante, que reflete o ministério de Jesus e Sua Palavra.
Benefícios da escola profética
Esta escola vai fornecer a sua igreja o seguinte:
a. entendimento claro do que é a profecia, B, espírito de profecia, porque a igreja deve ser ativado no profético.
C. Ter uma compreensão de que o ministério profético e como ele deve funcionar dentro da Igreja.

A RESTAURAÇÃO DO MINISTÉRIO APOSTÓLICO


AT. 3: 19 – 21

Estes versículos falam dos tempos de refrigério e restauração. Há etapas quando Deus refrigera seu povo e há etapas quando Deus restaura verdades e ministérios que foram perdidos por causa do pecado, negligência e tradição. Hoje estamos vivendo um tempo de restauração, restituição do ministério apostólico, para a igreja significa reconstituir a saúde, e restaurar a organização outra vez.

Deus quer trazer a restauração e reconstituição em sua vida, tanto em área pessoais como em áreas ministeriais. Ore e peça a Deus que lê ajude a identificar estas áreas e então se ponha a disposição de Deus para trabalhar nesta restauração interna e através de você restaurar a outros.

UMA MUDANÇA NECESSÁRIA

Restaurar significa voltar a existência, restabelecer, restaurar a condição original. Isto significa devolver, reiniciar, reviver, voltar a chamar a vida, retomar, reconstruir de forma similar ao original. Sem uma constante renovação e superação as coisas decaem; deterioram-se e declinam inevitavelmente por causa da negligência. Então a restauração é necessária para corrigir e mudar as situações.

Qualquer pessoa se encherá de regozijo quando, depois de comprar uma casa velha, a reconstitui a sua condição original, depois de passar por um árduo processo de restauração. Mesmo arruinada o olho perspectivo vê a casa que um dia teve sua elegância e encanto e que pode ser restaurada mais uma vez. Esta gente perspectiva desfruta do processo e dos resultados desta restauração. Em um sentido, eles exercem misericórdia sobre a velha casa e entram no trabalho de uma amorosa restauração.

A restauração dentro da igreja, que envolve cada um de nós, ocorrerá como resultado da misericórdia de Deus. Ele não permitirá que adoeçamos com a deteriorização do passado. Por causa do seu grande amor, ele restaurará para nós o que necessitamos para cumprir seus planos e propósitos na terra.

Os profetas falaram de restauração. A tradução Weymouth define restauração: o que Deus falou desde o tempo mais remoto através da boca dos profetas (At. 3:21)

Joel falou de uma parte do que ocorria nos últimos tempos. Agora estamos experimentado o maior derramamento do Espírito Santo que o mundo jamais conheceu. Há mais crentes cheios do Espírito Santo do que em qualquer outro tempo na história. O ministério apostólico está sendo discutido ao redor do mundo. Alguns o estão rechaçando de pronto, porém muitos o estão abraçando e começando a caminhar com eles. É algo novo. São novidades que Deus está fazendo.

Deus colocou nova ênfase nas palavras “restaurar e anos”. Deus não somente esta restaurando o ministério apostólico da Igreja como também esta restaurando os anos que foram perdidos durante a relativa ausência deste importante oficio. Em outras palavras, a colheita de almas que esteve perdida durante estes anos se recuperará neste tempo. Veremos multidões incorporando-se ao Reino como resultado da presença do Espírito nestes tempos finais.

Is. 42:22

A igreja está reclamando agora pela restauração do autêntico ministério apostólico. Estamos orando para a restauração e declaração dele profeticamente. O povo de Deus está saindo das cavernas e cárceres. A igreja está vivendo uma nova liberdade. Através da restauração do ministério apostólico a igreja está alcançando a maior liberdade no ministério.

A restauração é necessária por causa do rompimento (isto é a declinação gradual) do autêntico ministério apostólico depois que os primeiros apóstolos morreram. Paulo advertiu a igreja o que ocorreria depois da partida.

A seguinte profecia descreve por antecipação o que passaria depois da morte dos primeiros apóstolos. Era um quadro do que ocorreria depois que o ministério apostólico não estivesse presente.

At. 20:29,30

Muito rapidamente entre o segundo e terceiro século a igreja deu uma virada para o cerimonialismo e o tradicionalismo. Os falsos ensinamentos quase a apartaram da verdade. Posteriormente a igreja ingressou no período conhecido como Idade Média, durante o qual a igreja institucional ganhou um imenso poder político e social. Pouco a pouco ocorreu um aleijamento dos verdadeiros ensinamentos e práticas apostólicas. Mais tarde, a Reforma Protestante do século dezeseis começou a tirar a igreja fora das trevas espirituais que havia cegado sua mente por vários séculos.

A igreja Católica ensinou que a Igreja era apostólica, porém a autoridade apostólica estava institucionalizada na sucessão (a sucessão de nomeação) de bispos. Creu-se que esta autoridade veio desde Cristo, quem a sua vez nomeou seus discípulos, o qual a seu turno foram nomeando os bispos, em grego (episkopes), sobre várias cidades. Desde o segundo ao sexto séculos, todos os centro de liderança da igreja de Roma, tiveram um bispo. Na Igreja Católica Romana o Papa e o bispo de Roma, chegaram a ser reconhecidos como o bispo superior de todos.

A reforma protestante desafiou esta doutrina monopólica. Os reformadores consideraram que esta autoridade apostólica só se encontra na Bíblia, mais que na igreja e em suas instituições. Desafortunadamente muitos dos reformadores mais proeminentes também creram que o período apostólico havia cessado ao mesmo tempo em que o Novo Testamento.

UM MINISTÉRIO PERPÉTUO

O oficio apostólico nunca deverá cessar, foi destinado a ser um oficio perpétuo na Igreja através dos tempos. Os onze apóstolos entenderam pelas profecias de Davi que este ministério deve ser suprido quando houver uma lacuna.

Sl. 109:8

At. 1:20

O remanescente dos apóstolos orou ao Senhor, pedindo a direção para eleger outro que viesse a tomar o lugar de Judas Iscariote. Eles entenderam pela palavra do Senhor que outro deveria tomar o lugar vago deixado por Judas. Este é um principio bíblico concernente aos ofícios ministeriais. Cada geração é responsável por orar e crer que Deus vai suprir o oficio deixado pela geração anterior.

Não é vontade de Deus que este oficio fique vazio. Quando ele estava vazio a Igreja sofria por causa da ausência da unção.

A constituição dos Estados Unidos prescreve que o oficio executivo do presidente deve ser ocupado de geração em geração. Quando o presidente deixa vazio o oficio, outro o ocupa por eleição ou nomeação. Se o presidente morre no exercício do cargo, existe uma ordem de sucessão. O vice ocupará seu lugar imediatamente.

O oficio de presidente não cessou com a morte de Jorge Washington. Ninguém pensaria em deixar o oficio de presidente vazio. Alguém deve ser instalado como presidente para executar os assuntos governamentais. A mesma verdade se aplica na Igreja.

O oficio apostólico tem estado vazio há muito tempo, por causa de incredulidade e tradição da Igreja. Hoje está sendo suprido por aqueles que o Senhor tem elegido. Nossa doutrina esta sendo corrigida e nos estamos clamando por “restauração”.

O OFICIO APOSTOLICO TEM ESTADO VAZIO POR CAUSA DA INCREDULIDADE E DA TRADIÇÃO DA IGREJA, HOJE ESTA SENDO SUPRIDO POR AQUELES A QUEM O SENHOR TEM ESCOLHIDO

O ministério apostólico é perpétuo. Mesmo que os primeiros apostólos morreram, o oficio não. Os apóstolos são oficiais da Igreja. Eles não são apenas oficiais, mas eles têm um importante trabalho. Um oficial é um executivo, e os executivos têm a autoridade para executar comissões. Tendo em vista que a comissão da Igreja é apostólica, a Igreja necessita de apóstolos para cumpri-la.

UM REFORMADOR APOSTOLICO

Em 1896, desde sua sede em Chicago, John Alexander Dowie pregou um sermão intitulado “O ministério de um apostolo é para hoje?” Dowie habilmente confrontou a posição daqueles que mantinham a idéia de que houveram apenas doze apóstolos. Dowin sinalizou que esta posição não poderia ser correta se levarmos em conta os apóstolos Matias, Paulo, Tiago (irmão de Jesus) Barnabé, Apolo e tantos outros que o livro de Atos e ao longo do Novo Testamento são chamados de apóstolos.

No tempo que viveu Dowie a maioria da igreja não cria que o ministério do apostolo continuou depois da morte dos doze que estiveram com Jesus e pressuposto o apostolo Paulo. Dowie sustentou que o ministério de apostolo era algo perpétuo, constituído na Igreja por Deus, até o retorno de Cristo. Assombrosamente, a Igreja atual tem a mesma postura da Igreja do tempo de Dowie. Há muitos que crêem que o oficio de Apostolo ficou fora do lugar depois da morte dos primeiros apóstolos.

Dowie manteve a ordem de Deus, primeiramente apóstolos, depois profetas e em terceiro mestres. Isto foi uma mensagem radical contra a tradição de seus dias. Muitos não gostaram desta mensagem, porém era bíblico e verdadeiro. Dowie pregou uma mensagem de restauração do apostólico para uma Igreja que estava à frente de seu tempo.

Além de sua pregação, se você estudar a vida de John Alexander Dowie, você admitirá que seu ministério foi apostólico. Também foi reformador, pois durante sua vida pregou uma mensagem enérgica contra a apostasia da Igreja. Ele trouxe para a Igreja uma mensagem de sanidade e libertação que estava perdida a centenas de anos.

Dowie recebeu uma forte oposição por clérigos que o chamaram de fraudulento pela sua prática de sanidade divina. A imprensa de Chicago também o combateu, fazendo com que ele se retratasse por mais de cem vezes, tentando deter o ministério de Dowie da sanidade divina. Centena de pessoas foram curadas e milhares escutaram a sua pregação. Ele foi capaz de preencher o maior auditório de Chicago.

Ele pregou contra a hipocrisia da Igreja e os vícios do tabaco e do álcool em sua cidade. Os resultados foram fenomenais. Milhares foram salvos. Muitos de seus inimigos foram desmascarados por seus pecados e muitos morreram de vergonha. Dowie literalmente sacudio a cidade de Chicago e ocasionou problemas aos círculos religiosos e civis. Ele eventualmente deixou Chicago e instalou sua sede a 40 milhas da cidade, denominando o local como Sião.

Os sermões de Dowie se dirigiam contra o denominacionismo e o sectarismo das igrejas de seu tempo. Como mencionamos anteriormente, os apóstolos tem preocupação com a forma da Igreja. Quando a forma não é segundo a palavra de Deus o apostolo discernirá, pregará e ensinará a Palavra para que voltem a forma desenhada por Deus.

Um forte espírito reformador esteve na palavra de Dowie especialmente na área da sanidade. A falta de fé e de prática desta área o inquietou. Ele pensava que não ter compaixão pelos enfermos e não orar e crer que Deus os curasse era uma hipocrisia da Igreja.

O EVANGELHO DO REINO


A MANIFESTAÇÃO DO REINO


INTRODUÇÃO

Porque tanto interesse em conhecer a respeito do reino de Deus ou do Reino dos Céus? Estas respostas serão desenvolvidas no transcorrer deste material, mas necessitamos antecipar alguns argumentos.

Primeiramente, nossa cidadania não é mais a que pertencíamos anteriormente, vivemos e servimos no Reino de Deus. Literalmente temos sido “libertados da potestade das trevas, e transportados ao Reino de seu amado filho” (Col. 1:13; cf. I Pe 2:9 – 12)

Transitamos por este mundo, mas pertencemos a outro reino e em nós este reino se manifesta, e se manifesta segundo quais princípios? Pelos princípios que regem o Reino dos Céus, que não são os mesmos pelos quais vivíamos anteriormente.

O conjunto de princípios e normas do reino se denomina “justiça”. Este conjunto, “justiça”, deve reger nosso comportamento e por este conjunto, “justiça”, seremos julgados. Por esta razão o Senhor nos manda buscar primeiramente o Reino de Deus e sua justiça, e as demais coisas vos serão acrescentadas. (Mt. 6:33) Se queremos ter êxito neste tempo, temos que entender que estamos vivendo sob novas regras e se não as conhecemos, não apenas não teremos o êxito esperado, como não conseguiremos a vive-las e estaremos a mercê da vida.

Entender o reino nos permitirá uma nova forma de ver, pensar, analisar e encarar as situações; um comportamento diferente; novos hábitos, novo vocabulário, e muito mais. Existe conclusões e conceitos que no contexto do reino devem ser redefinidos.

Onde e quando nasce a idéia em Deus de ter um reino? É certo respondermos que essa idéia foi concebida desde a eternidade porque em Deus tudo é concebido desta maneira, porém vamos recorrer a história que a Bíblia nos conta.

Monarquia como forma de governo nunca esteve nos planos de Deus, desde os tempos de Moisés Deus demonstrou o seu propósito para com o povo, “um reino de sacerdotes e gente santa” (Ex. 19:6) E não pode ser de outra maneira, se é o próprio Rei dos Reis quem falava, não existe outra forma de ver seu povo e suas possessões, a não ser como seu reino, como tão pouco é negociável que haja outro reino sobre o reino de Deus.

A história nos relata que nem todos podiam aspirar ser sacerdotes, apenas os da casa de Arão e de Levi. Também nos que não era plano de Deus que Israel tivesse reis como as demais nações (Is. 8:4-6)mas sim, que tivesse um Deus como nenhuma outra nação.
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DEUTERONOMOI 4 ..4 A 8
“Porém vós que permanecestes fieis, ao Senhor, vosso Deus, hoje, todos estais vivos”.
Eis que vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o Senhor, meu Deus, para que façais no meio da terra que passais a possuir.
Guardai-os, pois, e cumpri-os, porque isto será a vossa sabedoria e vosso entendimento, perante os olhos dos povos, que, ouvindo todos esses estatutos dirão: Certamente este grande povo é gente sabia e inteligente.
Pois que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o Senhor, nosso Deus, todas as vezes que o invocamos?
E que grande nação há que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que eu hoje vos proponho?”

A idéia de Deus para o antigo Testamento era de uma nação submissa a um governo teocrático até o inicio do estabelecimento do Reino dos Céus na pessoa de Jesus. Porém não foi assim pela dureza do coração do povo.

Israel se converte em reinado sob a autoridade de Saul, Davi e Salomão, porém logo se dividiu nos reinos de Israel e Judá. Ambos os reinos perecem e o povo é levado ao exílio e escravidão para a Babilônia. Este não era o plano de Deus, nem a maneira como funciona o Reino dos Céus. O conceito de “Reino dos Céus” sobre a terra parece ser totalmente desconhecido até a vinda de Jesus Cristo.

A idéia de que Deus é rei e reina era bem clara. Isto é evidente pelas visões do trono que tinham os profetas, em salmos e nas demais evocações de Deus, como um Deus que reina. Porém são duas historias em paralelo: na terra uma nação debatendo-se com Deus buscando uma forma humana de como organizar seu governo enquanto nos céus já havia perfeitamente estabelecido um reino como modelo. Finalmente o reino dos céus, envolveu a terra de tal maneira que se tornou eminente seu estabelecimento nela. Este é nosso tempo e nosso propósito.

Se isto não for entendido, corremos o risco de perder nossa oportunidade de êxito e não podemos desperdiça-la. Este é o tempo de nossa visitação, é o melhor tempo para servir a Deus em toda a história,
Nós e nossa geração estamos sendo chamadas para preparar o retorno do Rei dos Reis.



UM REINO EM ORDEM: SUA JUSTIÇA

1.1. – INTROTUÇÃO

O Reino dos Céus é um reino perfeitamente ordenado o que rege essa ordem é sua justiça.
Na oração do Pai nosso Jesus, nos ensina a pedir: “Venha teu reino, seja feita tua vontade assim na terra como nos céus” (Mt. 6:10) Essa declaração é bem clara e rica em conceitos e termina (vers. 33) com a ordem de: “buscar primeiramente o reino de Deus e sua justiça e todas estas coisas (as que buscamos e que desejam os homens) serão acrescentadas”

Tanto João Batista como Jesus anunciaram que: “o reino dos céus havia chegado” (Mt. 3:2; 4:17). Em Jesus Cristo inicia-se o estabelecimento, porque o reino está nele, porém, o estabelecimento definitivo ocorre através da Igreja em nós, corpo de Cristo que traz sua presença e faz suas obras.

Há uma chave que não podemos perder de vista, para que não falemos erroneamente e assim frustremos o estabelecimento do Reino de Deus. É cada vez mais freqüente ouvirmos em nossos púlpitos re-interpretações da mensagem de Deus e da Bíblia. Tradicionalmente se diz que a mensagem era uma mensagem de salvação, o que não é errado, mas não é o primeiro ponto, hoje nos dizem que o ponto principal é a mensagem do governo, o governo de Deus sobre tudo, sobre o governo do homem na terra, o governo da Igreja. Governo, governo e mais governo. Creio que este não é o enfoque correto.
A mensagem nunca se centrou no governo, mas sim na sua contrapartida: a obediência. Não há governo sem obediência, porque não há autoridade sem delegação da mesma e não há delegação de autoridade para quem não sabe obedecer.

Não podemos encarar o estudo do governo de Deus e suas delegações de autoridade de outro ponto de vista que não seja a obediência.

Cristo mesmo que chegaria a ser “Rei dos Reis” e “Senhor dos Senhores” expressa que “O filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir” (Mt. 20:28) falando claramente não de sua aplicação tirânica, da autoridade que lhe foi dado por direito, mas sim de uma atitude totalmente oposta que lhe levaria a ser reconhecido como Senhor. Relativo a seu trabalho o mesmo expressa reiteradas vezes que não era sua vontade, mas a do Pai. E o Pai mesmo, dá testemunho dele na carta aos Hebreus (Hb. 5:8,9) quando expressa: “embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos que o obedecem,”

A obediência é a chave e a ordem no reino de Deus. A obediência leva primeiro ao reconhecimento e a sujeição à autoridade que da ordem no Reino de Deus: e em segundo lugar o cumprimento das normas e princípios próprios do reino que levam ao correto funcionamento e êxito do reino.

Nada do que estamos estudando poder ser visto se não através da obediência.
Um enfoque equivocado pode levar a uma atitude equivocada. Quando as pessoas trabalham focados no governo manifesta-se a competência, a sabedoria, a altivez, o desprezo, a tirania, a exaltação do ego do homem (tanto do que fala como do que ouve), características do falso ministro (ver 3.2 “Restauração do Ministério Profético”, Reformar ). Estas são características de pessoas que tentam servir sem antes ter curado seu ser interior, suas feridas históricas, debilidades e complexos. É impossível obedecer sem uma atitude e motivação sadia. A cura leva a obediência e ao serviço; a debilidade à doença e a busca de onde descarregar as frustrações.

GOVERNO

A primeira referencia ao trono de Deus é encontrada no livro de Êxodo 17:16 quando Moises e José vencem aos amalequitas. Logo o trono aparece reiteradamente nas visões dos profetas, do salmista e no livro do Apocalipse.

O trono estabelecido nos céus é de caráter eterno. Esta sobre tudo e rodeado de glória e da mais pura santidade. A sua visão gera temor e tremor a todos que o vêem e os deixa sem palavras para descreve-lo.

Porém o mais importante é entendermos claramente que neste reino é Deus quem exerce a máxima autoridade, estamos sob uma teocracia.

A criação não pode adentrar ao secreto de Deus até que Cristo nos desse esse direito pela salvação. O trono de Deus está estabelecido num lugar celestial acessível tanto a anjos quanto a homens que Deus queira que o alcance. Um lugar de onde Ele pode exercer a ministração e o governo de seu povo.

Claramente podemos entender que é o Pai que está sentado nas alturas com seu filho. (Ef. 1:20; Hb 1:3; Ap. 3:21) O Pai disse ao filho. “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como eu venci e me sentei como meu Pai no seu trono”

Hb.1 O filho galgou este lugar logo após ter consumado sua obra redentora na cruz, ressuscitou e foi exaltado por Deus Pai.

Até onde chegam os limites do seu reino? Seu governo e autoridade se estendem além do seu próprio reino, alcançando e governando a todas as nações (Ap. 1:5, 11:15) e a todas as potestades (Cl. 2:10; 1:16 – 18; Ef. 1:20 – 23; Fil. 2:9-11).

Seu governo e autoridade não dependem de nada, não está em discussão, nem para aqueles que não o reconhecem ou que o desconhecem, Deus reina e ponto final.

Não apagueis o Espírito


Uma Igreja Pródiga Em Um Mundo Pródigo
Quem fizer um exame geral da igreja hoje ficará a perguntar-se quanto tempo o nosso Deus santo ainda vai-se segurar para não vomitar essa Laodicéia de sua boca. Se há uma coisa em que todos os pregadores estão de acordo é que esta é a era da Igreja de Laodicéia.
E apesar de estar suspensa sobre nossa cabeça a espada de Dâmocles da rejeição divina, nós, os crentes, somos preguiçosos, amantes das comodidades, e sem amor. Pois embora nosso misericordioso Deus perdoe nossos pecados, purifique nossa iniqüidade e se compadeça de nossa ignorância, o fato é que nosso coração morno é uma abominação para ele. Temos de ser quentes ou frios, ardorosos ou congelados; ou estamos ardendo de fogo espiritual, ou somos refugo. Deus abomina a falta de amor e de calor.
Nos dias atuais, Cristo está sendo “ferido na casa de seus amigos”. O livro de Deus hoje “sofre” mais nas mãos de seus expositores do que nas de seus opositores.
Somos descuidados no emprego de textos das Escrituras, interpretamo-los de forma distorcida, e lenta demais para nos apropriarmos de suas incomensuráveis riquezas. Um pregador defende a inspiração da Bíblia com fala eloqüente e espírito fervoroso, usando todo o seu vigor e energia. Mas, instantes depois, esse mesmo pregador, com uma calma mortal, começará a racionalizar essa mesma Palavra inspirada, com declarações contundentes:
“Esse texto não tem aplicação em nossos dias”.
E assim a fé ardorosa de um crente novo se esfria com um jato de água gelada que vem da incredulidade do pregador.
Somente a igreja pode “agravar o Santo de Israel”, e em nossos dias ela demonstra uma habilidade incomum nisso. Se existem níveis de morte espiritual, então o nível mais baixo que conheço é pregar sobre o Espírito Santo sem ter a unção do Espírito. Quando oramos, cometemos a imperdoável arrogância de suplicar que o Espírito venha a nós com sua graça — mas não com seus dons.
Vivemos dias em que o Espírito tem sido reprimido ou relegado a segundo plano, até mesmo nos círculos fundamentalistas. Precisamos declarar que queremos ver cumprida a escritura de Joel 2. Pode ser que até clamemos:
“Derrama teu Espírito sobre toda carne, Senhor!”
Mas, ao mesmo tempo, colocamos aí uma cláusula não expressa:
“Mas não deixe que nossas filhas profetizem, nem que nossos jovens tenham visões”.
“Ó Deus, se em nossa cultivada incredulidade e nesse nosso crepúsculo teológico e impotência espiritual temos entristecido e continuamos a entristecer o Espírito Santo, então, por misericórdia, vomita-nos da tua boca. Se não puderes fazer nada por nosso intermédio nem em nós, então, ó Deus, faze-o sem nós! Passa de largo por nós e assume para ti um povo que hoje não te conhece. O salva, santifica-o e reveste-o com o poder do Espírito Santo para realizar um ministério na esfera do sobrenatural! Depois envia-o ao mundo “formosos como a lua, puros como o sol, formidáveis como um exército com bandeiras” para reavivar esta igreja enferma que está aí, e abalar este mundo que se acha atolado no pecado”.
Pensemos um instante no seguinte: Deus não tem mais nada para nos dar. Ele já deu seu Filho unigênito para salvação dos pecadores; colocou a Bíblia ao alcance de todos os homens; enviou o Espírito Santo para convencer o mundo do pecado e revestir a igreja de poder. Mas de que vale um talonário de cheques se todos eles estiverem em branco, sem assinatura? Da mesma forma, que valor tem um culto, mesmo que seja de uma igreja fundamentalista, se o Deus vivo não estiver presente a ele?
Temos que saber manejar corretamente a Palavra da verdade. O versículo “Eis que estou à porta e bato” (Ap 3.20), não é dirigido a pecadores por um Salvador que aguarda permissão para adentrar o coração. Não. A figura aí é da triste imagem do Senhor à porta da Igreja de Laodicéia, querendo entrar nela. Imagine só tal situação! O texto mais lido nas reuniões de oração é: “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”. Mas na maioria dos casos ele não está no meio; está à porta. Cantamos louvores a ele, mas rejeitamos sua Pessoa.
Pegamos uma porção de comentários, e nos apoiamos nas notas de margem de nossa Bíblia, e assim como que nos imunizamos contra as ardentes verdades da imutável Palavra de Deus.
Não me espanto muito com a paciência que Deus tem com os pecadores, com homens de coração endurecido. Afinal, qualquer um tem paciência com uma pessoa cega e surda. E os pecadores nada mais são que cegos e surdos. Mas fico abismado com a paciência que ele tem com essa igreja egoísta, entorpecida, preguiçosa de hoje. O grande problema de Deus é que o mundo pródigo convive com uma igreja pródiga.
Ah, que crentes cegos, falidos e arrogantes somos! Estamos nus e não nos damos conta disso. Somos ricos (nunca a igreja teve tanto equipamento), mas na verdade somos pobres (nunca o nível de poder esteve tão baixo). Não nos falta nada (e, no entanto, falta-nos quase tudo que a igreja apostólica possuía). Será que ele está em nosso meio quando nos divertimos sem qualquer constrangimento, em nossa nudez espiritual?
Ah, como precisamos do fogo! Onde está o poder do Espírito Santo para derrubar os pecadores e encher nossos altares de convertidos? Hoje as igrejas estão mais interessadas em instalar seus aparelhos de ar condicionado, do que se condicionar para orar. “Porque o nosso Deus é fogo consumidor”. Deus e fogo são imagens inseparáveis; assim também são o homem e o fogo. Cada um de nós está trilhando um caminho de fogo: fogo do inferno para o pecador e fogo do juízo para o crente. E infelizmente milhões de pecadores irão experimentar o fogo do inferno porque a igreja perdeu o contato com o fogo do Espírito Santo.
Moisés recebeu seu chamado por meio do fogo. Elias invocou fogo do céu. Eliseu acendeu um fogo. Miquéias profetizou sobre a purificação pelo fogo. João batista afirmou: “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”. E Jesus disse: “Eu vim para lançar fogo sobre a terra”. Se nós tivéssemos com batismo de fogo a mesma preocupação que temos com o das águas, conheceríamos uma Igreja em chamas e experimentaríamos outro Pentecostes. A velha natureza pode querer escapar ao batismo nas águas, mas certamente o batismo de fogo a destruirá, pois ele “queimará a palha em fogo inextinguível”. Os discípulos de Jesus, que já haviam operado milagres e tinham presenciado a glória da sua ressurreição, só pregaram a cruz de Cristo depois que foram purificados pelo fogo.
Com que autoridade os homens pregam hoje, aqui ou nos países estrangeiros, sem antes ter vivido a experiência do “cenáculo”? Não nos faltam pregadores que queiram falar de profecias, mas nos encontramos muito pobres de pregadores proféticos. Não estamos apelando para que haja previsões espirituais e profetizadores do sensacional. O que resta para ser predito é muito pouco, pois temos a Palavra de Deus e a revelação da mente do Senhor nela. Mas precisamos muito de homens que possam apregoar. Ninguém pode monopolizar o Espírito Santo, mas ele pode monopolizar seres humanos, os profetas. Eles nunca são esperados, nem anunciados, nem apresentados — apenas aparecem. São homens enviados, homens selados, homens do sobrenatural. João Batista não operou nenhum milagre — quer dizer, os rios da miséria humana não correram para ele para que os tocasse. Mas ele soergueu uma nação que se encontrava espiritualmente morta.
Chego a admirar-me com nossos evangelistas que, sem constrangimento algum, relatam que experimentaram um maravilhoso avivamento em tal ou qual lugar, quando milhares de pessoas vieram à frente consagrando sua vida a Deus, e depois acrescentam uma explicação para satisfazer os fundamentalistas:
“... mas não houve desordem nem sensacionalismo algum”.
Mas será que pode haver um terremoto sem algum tipo de sensação? Ou pode haver um vendaval que não resulte em desordem? Não é verdade que o abrasante ministério de Wesley provocou uma revolução na Inglaterra? A Igreja da Inglaterra bateu a porta de todos os seus templos na cara desse “homem enviado por Deus, cujo nome era João” Wesley. Mas nem assim esses líderes religiosos conseguiram conter a maré daquele avivamento operado pelo Espírito Santo.
E Wesley, esse homem abençoado, abandonou a Universidade de Oxford, tendo “sido um fracasso total”, como disse ele à vista de todos (com a mente de um filósofo, o ardor de um zelote e a garganta de um orador), na tarefa de ganhar almas para o Cordeiro. Aí chegou o dia 24 de maio de 1738, e, numa reunião de oração numa casa à rua Aldersgate, ele nasceu do Espírito, e depois foi batizado por ele. E durante treze anos esse homem, que tinha um batismo de fogo, abalou três reinos.
O mesmo havia acontecido a Savonarola, que abalou a cidade de Florença, na Itália, a ponto de o rosto desse “monge louco” tornar-se um terror para os florentinos, e motivo de chacota para os fanáticos papistas.
Irmãos, à luz do conhecimento que temos sobre o altar de Deus, é melhor vivermos seis meses com o coração em chamas, apontando o pecado deste mundo, seja em que lugar for, e conclamando o povo a libertar-se do poder de Satanás e se voltar para Deus (como fez João Batista), do que morrer cercado de honrarias eclesiásticas e de doutorados em teologia, para se tornar motivo de riso no inferno, para os espíritos das trevas. Ridicularizar os magnatas da bebida e censurar os políticos corruptos não atrai maldição sobre a nossa cabeça. Há quem faça as duas coisas sem sofrer nenhuma ameaça à sua vida e à sua posição no púlpito. Os profetas do passado eram mortos porque combatiam veementemente as religiões falsas. E nós também devíamos nos deixar arder de santa indignação ao ver a religião falsa enganando nossos semelhantes, e roubando de nossos entes queridos a salvação; ou ao ver sacerdotes levando-os para o inferno sob a efígie de um crucifixo. E talvez, quem sabe, daqui a alguns anos, para abrir o caminho para uma nova reforma no século XX, nós sejamos queimados em fogueiras.
Esta aqui é para se ler e chorar: “Hoje o protestantismo mutilado vê os sacerdotes católicos romanos elogiando os evangelistas protestantes”. Responda em sã consciência, você acredita que esses mesmos papistas aplaudiriam Lutero ou apoiariam Savonarola? Ó Deus, envia-nos pregadores que possam entregar mensagens que penetrem o coração dos homens e o incendeie! Envia-nos uma geração de pregadores mártires, de homens em chamas, quebrantados e prostrados diante da visão de um castigo iminente e de um inferno eterno para os irregenerados!
Que Deus nos envie profetas, homens destemidos que clamem em alta voz e não poupem ninguém, que abalem nações com lamentos ungidos, que sejam fervorosos quase a ponto de se tornarem insuportáveis, duros a ponto de ser difícil ouvi-los, e descomprometidos a ponto de sofrerem perseguição. Estamos cansados de pregadores que se apresentam de roupas elegantes, linguagem suave e torrentes de palavras, mas apenas com uma gota de unção. São homens que entendem mais de competição do que consagração, mais de promoção do que oração. Substituem o crescimento do reino por propaganda, e se preocupam mais com a felicidade dos membros da igreja do que com a santidade deles.
Comparados com a igreja neotestamentária achamo-nos tão abaixo do normal, somos tão pouco apostólicos. Em muitos casos, a sã doutrina está fazendo muita gente dormir, pois a letra não basta. É preciso que ela esteja inflamada. O que dá vida é a letra mais o Espírito. Um bom sermão, expresso numa gramática perfeita, com uma interpretação irrepreensível pode ser tão sem gosto como uma colherada de areia na boca.
Se quisermos paralisar o comunismo e desmantelar a igreja romana precisamos de uma igreja batizada com fogo. Moisés foi atraído por uma sarça ardente; se a igreja estiver em chamas atrairá o mundo, porque eles ouvirão a voz do Deus vivo falando-lhes do meio dela.