domingo, 23 de janeiro de 2011

O EVANGELHO DO REINO


A MANIFESTAÇÃO DO REINO


INTRODUÇÃO

Porque tanto interesse em conhecer a respeito do reino de Deus ou do Reino dos Céus? Estas respostas serão desenvolvidas no transcorrer deste material, mas necessitamos antecipar alguns argumentos.

Primeiramente, nossa cidadania não é mais a que pertencíamos anteriormente, vivemos e servimos no Reino de Deus. Literalmente temos sido “libertados da potestade das trevas, e transportados ao Reino de seu amado filho” (Col. 1:13; cf. I Pe 2:9 – 12)

Transitamos por este mundo, mas pertencemos a outro reino e em nós este reino se manifesta, e se manifesta segundo quais princípios? Pelos princípios que regem o Reino dos Céus, que não são os mesmos pelos quais vivíamos anteriormente.

O conjunto de princípios e normas do reino se denomina “justiça”. Este conjunto, “justiça”, deve reger nosso comportamento e por este conjunto, “justiça”, seremos julgados. Por esta razão o Senhor nos manda buscar primeiramente o Reino de Deus e sua justiça, e as demais coisas vos serão acrescentadas. (Mt. 6:33) Se queremos ter êxito neste tempo, temos que entender que estamos vivendo sob novas regras e se não as conhecemos, não apenas não teremos o êxito esperado, como não conseguiremos a vive-las e estaremos a mercê da vida.

Entender o reino nos permitirá uma nova forma de ver, pensar, analisar e encarar as situações; um comportamento diferente; novos hábitos, novo vocabulário, e muito mais. Existe conclusões e conceitos que no contexto do reino devem ser redefinidos.

Onde e quando nasce a idéia em Deus de ter um reino? É certo respondermos que essa idéia foi concebida desde a eternidade porque em Deus tudo é concebido desta maneira, porém vamos recorrer a história que a Bíblia nos conta.

Monarquia como forma de governo nunca esteve nos planos de Deus, desde os tempos de Moisés Deus demonstrou o seu propósito para com o povo, “um reino de sacerdotes e gente santa” (Ex. 19:6) E não pode ser de outra maneira, se é o próprio Rei dos Reis quem falava, não existe outra forma de ver seu povo e suas possessões, a não ser como seu reino, como tão pouco é negociável que haja outro reino sobre o reino de Deus.

A história nos relata que nem todos podiam aspirar ser sacerdotes, apenas os da casa de Arão e de Levi. Também nos que não era plano de Deus que Israel tivesse reis como as demais nações (Is. 8:4-6)mas sim, que tivesse um Deus como nenhuma outra nação.
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DEUTERONOMOI 4 ..4 A 8
“Porém vós que permanecestes fieis, ao Senhor, vosso Deus, hoje, todos estais vivos”.
Eis que vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o Senhor, meu Deus, para que façais no meio da terra que passais a possuir.
Guardai-os, pois, e cumpri-os, porque isto será a vossa sabedoria e vosso entendimento, perante os olhos dos povos, que, ouvindo todos esses estatutos dirão: Certamente este grande povo é gente sabia e inteligente.
Pois que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o Senhor, nosso Deus, todas as vezes que o invocamos?
E que grande nação há que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que eu hoje vos proponho?”

A idéia de Deus para o antigo Testamento era de uma nação submissa a um governo teocrático até o inicio do estabelecimento do Reino dos Céus na pessoa de Jesus. Porém não foi assim pela dureza do coração do povo.

Israel se converte em reinado sob a autoridade de Saul, Davi e Salomão, porém logo se dividiu nos reinos de Israel e Judá. Ambos os reinos perecem e o povo é levado ao exílio e escravidão para a Babilônia. Este não era o plano de Deus, nem a maneira como funciona o Reino dos Céus. O conceito de “Reino dos Céus” sobre a terra parece ser totalmente desconhecido até a vinda de Jesus Cristo.

A idéia de que Deus é rei e reina era bem clara. Isto é evidente pelas visões do trono que tinham os profetas, em salmos e nas demais evocações de Deus, como um Deus que reina. Porém são duas historias em paralelo: na terra uma nação debatendo-se com Deus buscando uma forma humana de como organizar seu governo enquanto nos céus já havia perfeitamente estabelecido um reino como modelo. Finalmente o reino dos céus, envolveu a terra de tal maneira que se tornou eminente seu estabelecimento nela. Este é nosso tempo e nosso propósito.

Se isto não for entendido, corremos o risco de perder nossa oportunidade de êxito e não podemos desperdiça-la. Este é o tempo de nossa visitação, é o melhor tempo para servir a Deus em toda a história,
Nós e nossa geração estamos sendo chamadas para preparar o retorno do Rei dos Reis.



UM REINO EM ORDEM: SUA JUSTIÇA

1.1. – INTROTUÇÃO

O Reino dos Céus é um reino perfeitamente ordenado o que rege essa ordem é sua justiça.
Na oração do Pai nosso Jesus, nos ensina a pedir: “Venha teu reino, seja feita tua vontade assim na terra como nos céus” (Mt. 6:10) Essa declaração é bem clara e rica em conceitos e termina (vers. 33) com a ordem de: “buscar primeiramente o reino de Deus e sua justiça e todas estas coisas (as que buscamos e que desejam os homens) serão acrescentadas”

Tanto João Batista como Jesus anunciaram que: “o reino dos céus havia chegado” (Mt. 3:2; 4:17). Em Jesus Cristo inicia-se o estabelecimento, porque o reino está nele, porém, o estabelecimento definitivo ocorre através da Igreja em nós, corpo de Cristo que traz sua presença e faz suas obras.

Há uma chave que não podemos perder de vista, para que não falemos erroneamente e assim frustremos o estabelecimento do Reino de Deus. É cada vez mais freqüente ouvirmos em nossos púlpitos re-interpretações da mensagem de Deus e da Bíblia. Tradicionalmente se diz que a mensagem era uma mensagem de salvação, o que não é errado, mas não é o primeiro ponto, hoje nos dizem que o ponto principal é a mensagem do governo, o governo de Deus sobre tudo, sobre o governo do homem na terra, o governo da Igreja. Governo, governo e mais governo. Creio que este não é o enfoque correto.
A mensagem nunca se centrou no governo, mas sim na sua contrapartida: a obediência. Não há governo sem obediência, porque não há autoridade sem delegação da mesma e não há delegação de autoridade para quem não sabe obedecer.

Não podemos encarar o estudo do governo de Deus e suas delegações de autoridade de outro ponto de vista que não seja a obediência.

Cristo mesmo que chegaria a ser “Rei dos Reis” e “Senhor dos Senhores” expressa que “O filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir” (Mt. 20:28) falando claramente não de sua aplicação tirânica, da autoridade que lhe foi dado por direito, mas sim de uma atitude totalmente oposta que lhe levaria a ser reconhecido como Senhor. Relativo a seu trabalho o mesmo expressa reiteradas vezes que não era sua vontade, mas a do Pai. E o Pai mesmo, dá testemunho dele na carta aos Hebreus (Hb. 5:8,9) quando expressa: “embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos que o obedecem,”

A obediência é a chave e a ordem no reino de Deus. A obediência leva primeiro ao reconhecimento e a sujeição à autoridade que da ordem no Reino de Deus: e em segundo lugar o cumprimento das normas e princípios próprios do reino que levam ao correto funcionamento e êxito do reino.

Nada do que estamos estudando poder ser visto se não através da obediência.
Um enfoque equivocado pode levar a uma atitude equivocada. Quando as pessoas trabalham focados no governo manifesta-se a competência, a sabedoria, a altivez, o desprezo, a tirania, a exaltação do ego do homem (tanto do que fala como do que ouve), características do falso ministro (ver 3.2 “Restauração do Ministério Profético”, Reformar ). Estas são características de pessoas que tentam servir sem antes ter curado seu ser interior, suas feridas históricas, debilidades e complexos. É impossível obedecer sem uma atitude e motivação sadia. A cura leva a obediência e ao serviço; a debilidade à doença e a busca de onde descarregar as frustrações.

GOVERNO

A primeira referencia ao trono de Deus é encontrada no livro de Êxodo 17:16 quando Moises e José vencem aos amalequitas. Logo o trono aparece reiteradamente nas visões dos profetas, do salmista e no livro do Apocalipse.

O trono estabelecido nos céus é de caráter eterno. Esta sobre tudo e rodeado de glória e da mais pura santidade. A sua visão gera temor e tremor a todos que o vêem e os deixa sem palavras para descreve-lo.

Porém o mais importante é entendermos claramente que neste reino é Deus quem exerce a máxima autoridade, estamos sob uma teocracia.

A criação não pode adentrar ao secreto de Deus até que Cristo nos desse esse direito pela salvação. O trono de Deus está estabelecido num lugar celestial acessível tanto a anjos quanto a homens que Deus queira que o alcance. Um lugar de onde Ele pode exercer a ministração e o governo de seu povo.

Claramente podemos entender que é o Pai que está sentado nas alturas com seu filho. (Ef. 1:20; Hb 1:3; Ap. 3:21) O Pai disse ao filho. “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como eu venci e me sentei como meu Pai no seu trono”

Hb.1 O filho galgou este lugar logo após ter consumado sua obra redentora na cruz, ressuscitou e foi exaltado por Deus Pai.

Até onde chegam os limites do seu reino? Seu governo e autoridade se estendem além do seu próprio reino, alcançando e governando a todas as nações (Ap. 1:5, 11:15) e a todas as potestades (Cl. 2:10; 1:16 – 18; Ef. 1:20 – 23; Fil. 2:9-11).

Seu governo e autoridade não dependem de nada, não está em discussão, nem para aqueles que não o reconhecem ou que o desconhecem, Deus reina e ponto final.

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